Árvores típicas de Israel apreendidas serão plantadas em universidade de MS
15/12/2025
(Foto: Reprodução) Oliveiras centenárias que seriam trazidas de forma irregular ao Brasil foram apreendidas
A Receita Federal apreendeu oliveiras centenárias que seriam trazidas de forma irregular ao Brasil, vindas da Argentina. As árvores serão destinadas à Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) nesta terça-feira (16) e devem ser plantadas após a conclusão dos trâmites legais.
A universidade pretende usar as árvores em projetos de paisagismo, pesquisas, ações de extensão e atividades de educação ambiental.
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De acordo com a Receita Federal, as árvores entraram no país sem autorização do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), exigida para a importação desse tipo de produto. A falta de controle pode trazer riscos ao meio ambiente e à agricultura, como a entrada de pragas e doenças.
Segundo o órgão, cada oliveira pode chegar a R$ 100 mil no Brasil, dependendo da idade, do tamanho, da forma da árvore, da origem e dos custos de transporte e plantio. O valor total da apreensão, incluindo o caminhão, foi estimado em cerca de R$ 800 mil.
Há registros de oliveiras com cerca de 150 anos vendidas entre R$ 35 mil e R$ 55 mil. Exemplares com mais de 60 anos podem custar em torno de R$ 3 mil, além do frete.
Apreensão na fronteira
A ação começou quando servidores da Receita Federal viram um caminhoneiro negociando com uma pessoa em uma caminhonete com placas argentinas, em um posto de combustível. Os agentes passaram a acompanhar o caminhão e observaram que ele entrou em uma pedreira desativada na linha de fronteira, onde ficou durante toda a tarde.
Diante da situação, a equipe acionou o Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron) para fazer a abordagem. Perto da meia-noite, o caminhão foi interceptado no trevo de acesso a Santo Antônio do Sudoeste (PR).
Durante a fiscalização, foi confirmado que a carga era de oliveiras, cuja importação depende de autorização prévia do Mapa. O motorista apresentou uma nota fiscal com indícios de irregularidade, informando que o carregamento teria saído da região metropolitana de Porto Alegre e teria como destino a região metropolitana de Belo Horizonte.
Oliveiras foram apreendidas pela Receita Federal
Receita Federal
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